sábado, março 17, 2007

Averoff, Lula e os 100 milhões de reais

O governo federal liberar R$100mil para a realização dos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro não causa nenhuma estranheza.

Pelo menos, não deveria.

Desde os tempos de Georgious Averoff, o milionário grego que viabilizou a realização dos 1º Jogos Olimpicos da era moderna em 1896, a necessidade por vultosas somas de recursos financeiros tem sido uma constante em se tratando de encontros esportivos multicontinentais.


A diferença é que Averoff não teve que se justificar ao público:

“(...) o governo federal tem que entrar [com dinheiro] porque quando foram abertos os Jogos o que vai ficar é a imagem do Brasil"


A estruturação de instalações para a atuação de atletas de alto nível, alojamentos e transporte para as equipes e comissões técnicas são apenas uma parte do que é necessário para a realização de um encontro desse porte. Inclua ainda hospedagem, transporte, alimentação e outras atrações turísticas para imprensa e torcedores já que a audiência é fundamental para – principalmente - satisfazer o patrocinador.

Tais custos são comumente justificados por deixar um legado de infra-estrutura para os locais, tais como modernos centros para prática esportiva, alojamentos que se transformam em moradias, reformas em vias públicas que beneficiarão a população local, entre outros.
Acrescente-se a essa lista de benefícios físicos e diretos a criação (e exposição) de verdadeiros ídolos do esporte que motivarão a prática de diversas modalidades, que por consequencia, aumentarão o consumo de material esportivo, demandarão estruturas para a prática e atrairão o interese de mídia e consequentemente de anunciantes, fechando assim o ciclo econômico proporcionado por um grande evento.

Talvez - mesmo sem querer - certo está o Presidente...

No final das contas, o que fica mesmo é a imagem do país.


Marcadores: , , , , ,

segunda-feira, julho 10, 2006

Por incrível que pareça...

...a frase mais inteligente que eu ouvi nessa Copa veio do Galvão Bueno.
Era mais ou menos assim:

"Para quem ainda não se conformou com a derrota do Brasil, o esporte é assim mesmo. Para um ganhar, existe outro que perde".


Não tenho dúvidas que o Brasil é o país do futebol e que o melhor futebol do mundo está aqui.
E isso não significa que seja o único.
Se assim fosse, não precisava disputar a Copa. Era só entregar o caneco de campeão.

Daria muito menos trabalho.

A melhor parte do fim da Copa...

...é que acaba também o pior do espírito patriótico.

Há muito se diz que brasileiro só pinta a cara com as cores da bandeira em época de copa do mundo de futebol. "Especialistas" entendem que o nosso futebol é símbolo de um Brasil vitorioso, e assim explicam esse orgulho nacional que aflora de quatro em quatro anos neste povo tão carente e sofrido.

Ainda me lembro das fitinhas verde-amarelas que usávamos nos 07 de setembro e 15 de novembro, pintávamos os cadernos com faixas verde e amarelas, entoávamos o Hino Nacional, o Hino à Bandeira, o Hino da Independência e da República em seus respectivos dias.
Como fui criança na época do último Presidente militar, talvez fosse um resquício da ditadura.
Como não sou mais criança depois de quatro eleições diretas para Presidente, não sei se ainda o fazem nas escolas.

Patriotadas a parte, a Copa de Futebol aflora o pior do imediatismo. De um dia para outro, jogadores passam de heróis a vilões. Aqueles que eram os salvadores da pátria passam a ser a vergonha nacional.O treinador, com um longo histórico vitorioso, passa a ser classificado de..."burro"...justo ele que após um "jejum" de 24 anos sem vitórias traz a quarta estrela para o escudo do Brasil. Alguns os chamam de mercenários, e que ganham muito dinheiro pelo trabalho que realizam.

E a marcação fora de campo foi cerrada.
Nesta edição de 2006, além de treino, até recreativo era televisionado!!!
Roda de bobinho tinha direito a comentarista e narrador.
Os jogos amistosos deram tanto público quanto os oficiais.
Nada passou incólume.
O cardápio, as roupas, a programação, as horas de lazer.
Tudo era acompanhado passo-a-passo, minuto-a-minuto.

Pelos comentários gerais, é clara a preferência (da torcida) por adversários com menor "tradição" (o não embate), assim como a preferência por jogos onde existe vantagem de gols desde os primeiros instantes. Seria o gosto pela vitória fácil e sem sofrimento?

Justo é exigir que a seleção jogue bonito e dê espetáculo, assim como é justo exigir o melhor desempenho do treinador e sua comissão técnica, mesmo que muitas vezes esta exigência seja baseada em achismos e outros tipos de palpite.

Só é uma pena que esta mesma exigência não se repita com os ilustres vereadores e deputados.

Ao invés disso, fazemos o contrário.
Nas eleições, torcemos. Na Copa, participamos.

Enquanto isso for assim, nada vai mudar.

segunda-feira, maio 15, 2006

Sem querer me gabar...

...mas é o mínimo.


Eu tenho um excelente vocabulário. (Resultado: 25 pontos )


Teste Seu Vocabulário.

domingo, maio 07, 2006

Sentindo na própria pele

Um certo sentimento anti-estadunidense, projetado na figura do então Presidente George W. Bush iniciou-se após a invasão do Iraque em março de 2003, em busca de um eventual depósito de armas químicas.
Invasão realizada, armas químicas não achadas, a tal "opinião pública" concluiu que o intuito, na verdade, era para controle do petróleo...

Boicote ao Mc Donalds, boicote à Coca-Cola, boicote à Ford e à GM seriam as "providências" tomadas pela genial "opinião pública" para que a menor quantidade possível de recursos fossem dirigidas para empresas estadunidenses, e por extensão, dirigida ao governo dos EUA, e assim, financiasse a operação militar.

Afora o disparate e o total descabimento desse pretenso boicote, o interessante é observar que esta mesma "opinião pública" considerou que o nosso Presidente Lula deveria ter tomado medidas mais enérgicas (intervenção militar) no caso da nacionalização das reservas de gás boliviano.

Hilário, se não fosse realidade.

Se Deus é...

...onisciente, onipotente e principalmente ONIPRESENTE, por que se diz "vai com Deus", "fique com Deus", 'que Deus esteja convosco"...?
Respostas para viola_de_pinho@uol.com.br por favor.


Fazendo as contas...

...cheguei a conclusão que são 02 anos desde o último post.
Como estamos em maio, penso que o frio leva a introspecção e a introspecção leva ao computador.

Só pode ser isso.


terça-feira, maio 18, 2004

A Ordem dos Fatores

A ordem dos fatores muitas vezes altera o produto.

Como diz um amigo meu, o segredo da felicidade é não inverter a ordem dos fatores.
Em primeiro lugar, a família. Em segundo lugar, o trabalho. E só depois o lazer.
Enquanto essas coisas estiverem em seu devido lugar, tudo andará bem.

Eu ainda não encontrei meios de contradizê-lo, mesmo porque, estou de acordo com esse princípio.


Conta-se que a história a seguir aconteceu numa dessas cidades onde o leite ainda vem em garrafa de vidro e o padeiro entrega o pão de lambreta...


A mãe vira-se para o filho, entrega-lhe algum dinheiro, e pede para ele ir a farmácia comprar um remédio Apracur, para a sua dor de cabeça, e uma escova de dentes para o seu pai.

O menino, seguindo as ordens da mãe, vai de imediato efetuar as compras.

Na farmácia, pede ao balconista:

"Moço, minha mãe pediu uma escova de dentes e um Apracur..."

Levou um certo tempo para o balconista entender quais eram os itens que o menino havia pedido...mas parece que no final, deu tudo certo.


Por conta dessas e algumas outras, eu tenho certeza:

A ordem dos fatores só não alteram o produto na matemática.