Averoff, Lula e os 100 milhões de reais
O governo federal liberar R$100mil para a realização dos Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro não causa nenhuma estranheza.
Pelo menos, não deveria.
Desde os tempos de Georgious Averoff, o milionário grego que viabilizou a realização dos 1º Jogos Olimpicos da era moderna em 1896, a necessidade por vultosas somas de recursos financeiros tem sido uma constante em se tratando de encontros esportivos multicontinentais.
A diferença é que Averoff não teve que se justificar ao público:
“(...) o governo federal tem que entrar [com dinheiro] porque quando foram abertos os Jogos o que vai ficar é a imagem do Brasil"
A estruturação de instalações para a atuação de atletas de alto nível, alojamentos e transporte para as equipes e comissões técnicas são apenas uma parte do que é necessário para a realização de um encontro desse porte. Inclua ainda hospedagem, transporte, alimentação e outras atrações turísticas para imprensa e torcedores já que a audiência é fundamental para – principalmente - satisfazer o patrocinador.
Tais custos são comumente justificados por deixar um legado de infra-estrutura para os locais, tais como modernos centros para prática esportiva, alojamentos que se transformam em moradias, reformas em vias públicas que beneficiarão a população local, entre outros.
Acrescente-se a essa lista de benefícios físicos e diretos a criação (e exposição) de verdadeiros ídolos do esporte que motivarão a prática de diversas modalidades, que por consequencia, aumentarão o consumo de material esportivo, demandarão estruturas para a prática e atrairão o interese de mídia e consequentemente de anunciantes, fechando assim o ciclo econômico proporcionado por um grande evento.
Talvez - mesmo sem querer - certo está o Presidente...
No final das contas, o que fica mesmo é a imagem do país.
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